BIO
Ian Yurisch Cancino (n. 1986), também conhecido como Elianyuri, cresceu na Patagónia, na vila operária de Cerro Sombrero, na grande ilha de Tierra del Fuego, Chile. Desde criança dedicou-se a criar os seus próprios universos a partir de materiais encontrados na rua ou restos do que estivesse à mão. Inventava cenários e brinquedos impossíveis de comprar, criando histórias que podiam durar dias. Viver num ambiente natural, de clima agreste e isolado, levou-o a desenvolver um olhar resiliente e criativo, onde o copo está sempre meio cheio.
Esse impulso criativo levou-o a estudar Comunicação e Direção de Arte Digital em Santiago do Chile. Fascinado pelo fogo, encontrou na luz artificial — e especialmente no néon — o seu principal meio de expressão, canalizando essa energia em peças que combinam o técnico, o narrativo e o emocional.
Em 2011, deixou Santiago e mudou-se para Lisboa, onde transformou a iluminação na sua linguagem artística. Depois de passar pelos trabalhos que qualquer migrante conhece, conseguiu trabalhar na sua área de formação, a comunicação — que acabou por deixar para seguir um caminho próprio: criar. A partir daí, colaborou em projetos com artistas como Akacorleone, Wasted Rita e Escif, iniciando uma nova fase como produtor e artesão.
Em 2020, deu-se a conhecer pelo seu estilo característico na iluminação com néon, consolidando uma nova etapa como artista visual. No entanto, a sua busca continua em aberto: atualmente explora uma linguagem própria, alimentada tanto pela prática artística como pela experiência em produção, reconhecendo que o seu passado continua vivo no seu trabalho.
Em 2022, cofundou com Akacorleone o WIP Studio (Weones International Project Studio), um espaço criativo no centro de Lisboa. A partir deste estúdio, lidera uma equipa dedicada à produção e manufatura artística, com o desejo de reativar a sua prática pessoal e promover colaborações com artistas locais e internacionais, num ambiente de experimentação e construção coletiva.